Lição 12 - A Morte de JESUS
2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado. Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-jc-amortevicariadeJesus.htm
TEXTO ÁUREO"E, clamando JESUS com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou."(Lc 23.46)
VERDADE PRÁTICAJESUS não morreu como mártir ou herói, mas como o Salvador da humanidade. LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 22.39-46 - Momentos que antecederam a crucificação de JESUS
Terça - Lc 22.2-6 - Judas, por ambição, negociou com os judeus a traição do Filho de DEUS
Quarta - Jo 11.47-53 - O porquê da crucificação de JESUS na esfera religiosa
Quinta - Jo 18.31 - O motivo da crucificação de JESUS na esfera política
Sexta - Lc 23.21-23 - O método terrível de execução para os condenados à morte
Sábado - Is 53.11 - O real significado da crucificação do Senhor JESUS CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 23.44-50 44 - E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, 45 - escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo. 46 - E, clamando JESUS com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. 47 - E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a DEUS, dizendo: Na verdade, este homem era justo. 48 - E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos. 49 - E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galileia estavam de longe vendo essas coisas. 50 - E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo. OBJETIVO GERALApresentar a causa primeira que levou JESUS à cruz: os nossos pecados. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Pontuar as aflições de CRISTO de caráter interno e externo. Explicar a dramaticidade do relato da traição de JESUS. Relacionar os dois tipos de julgamentos de JESUS, o religioso e o político. Ensinar sobre o método e o significado da crucificação e morte de CRISTO. INTERAGINDO COM O PROFESSORO julgamento de JESUS foi o que há de mais covarde no pensamento humano e na prática religiosa. O método e os pressupostos do julgamento de JESUS de Nazaré demonstram o que a elite religiosa de Israel estava acostumada a fazer em sua época, isto é, burlar a lei para a manutenção dos seus próprios interesses. O julgamento de JESUS foi um grande teatro. Nada do que fosse dito ou apresentado a favor do Nazareno mudaria o cenário. A classe religiosa havia pensado pormenorizadamente nos caminhos precisos para fazerem o espetáculo jurídico mais odioso que se ouviu dizer na história dos homens. Pensar que, após humilharem o Senhor JESUS, castigar o seu corpo, crucificarem-no e matarem-no, o "clero" judaico foi celebrar a Páscoa como se nada tivesse acontecido. Imagine! Mataram uma pessoa e, logo depois, "cultuaram" a DEUS. Quando a religião fecha-se em si mesma, e nos seus próprios interesses, é capaz das maiores perversidades, pensando estar a serviço de DEUS. Que o Senhor guarde o nosso coração! SÍNTESE DO TÓPICO I - Antes de ser preso, JESUS deu advertências e recomendações para seus discípulos, pois sabia das aflições internas e externas que eles padeceriam. SÍNTESE DO TÓPICO II - A ambição de Judas fez com que ele negociasse a prisão do Mestre e, finalmente, o traísse. SÍNTESE DO TÓPICO III - O julgamento de JESUS deu-se em duas esferas: a religiosa e a política. SÍNTESE DO TÓPICO IV - O método usado para matar JESUS foi a crucificação, denotando que o Senhor morreu vicariamente pela humanidade. PONTO CENTRAL JESUS CRISTO foi crucificado e morto pelos pecados de toda a humanidade SUBSÍDIO TEOLÓGICO "A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx 12.1-13). DEUS veria o sangue aspergido e 'passaria por cima' daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as suas mãos no sacrifício, o significado era muito mais que identificação (isto é: 'Meu sacrifício'). Era um substituto sacrificial (isto é: 'Sacrifico isto em meu lugar').
Embora não se deva forçar demais as comparações, a figura é claramente transferida a CRISTO no Novo Testamento. João Batista apresentou-o, anunciando: 'Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo' (Jo 1.29). Em Atos 8, Filipe aplica às boas novas a respeito de JESUS a profecia de Isaías que diz que o Servo seria levado como um cordeiro ao matadouro (Is 53.7). Paulo se refere a CRISTO como 'nossa páscoa' (1 Co 5.7). Pedro afirma que fomos redimidos 'com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado' (1 Pe 1.19)" (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.352). PARA REFLETIRSobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
Conforme a lição, que alerta JESUS fez aos discípulos antes de ser traído?
Pedro é avisado de que Satanás o queria peneirar (Lc 22.31-34). No Monte das Oliveiras, pouco antes de sua prisão, Ele advertiu a todos sobre a necessidade da oração para suportar as provações que se avizinhavam (Lc 22.39-46).
Qual foi a forma que os líderes acharam para, injustamente, entregar JESUS?
Através de Judas, os líderes religiosos compraram JESUS (Lc 22.2-6) pelo preço de 30 moedas de prata (Mt 26.15). Quanto à condenação capital, o acusaram injustamente de sedição.
Quais são as duas esferas nas quais se deu a traição de JESUS?
Religiosa e política.
Qual era o método usado pelos romanos para executar os condenados?
A pena capital imposta pelo Império Romano aos condenados se dava através da crucificação.
O que a crucificação de JESUS representa para você?
Resposta Livre CONSULTE Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 42. SUGESTÃO DE LEITURA Educação que É Cristã, Quem É JESUS? e JESUS: Morto ou Vivo? Vejamos um material que consta de nosso acervo em - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-jc-amortevicariadejesus.htm LIÇÃO 11 - A MORTE VICÁRIA DE JESUS - 1º TRIMESTRE DE 2008 TEMA: JESUS CRISTO, Verdadeiro Homem, Verdadeiro DEUS. - Lições Bíblicas CPAD, Jovens e Adultos - 2008 Comentários: Pr. Esequias Soares. - Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antônio Gilberto. Complementos - ajuda aos estudantes e professores: Ev. Henrique. "Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3). JESUS morreu por nossas culpas, libertando-nos do castigo do pecado, que é a morte. LEITURA - Lucas 23.33, 44-53. Lucas 23.33 E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda. Lucas 23.44 E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, 45 escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo. 46 E, clamando JESUS com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. 47 E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a DEUS, dizendo: Na verdade, este homem era justo. 48 E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos. 49 E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia estavam de longe vendo essas coisas.
50 E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo 51 (que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus, e que também esperava o Reino de DEUS, 52 este, chegando a Pilatos, pediu o corpo de JESUS . 53 E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. I- PROFECIAS A RESPEITO DA CRUCIFICAÇÃO E SOFRIMENTO DE JESUS: Ao fiel cumprimento dessas profecias acrescentam-se às declarações de JESUS a respeito de sua morte (Mt 26.18, 24, 31,32; Jo 3.14). Portanto, a morte de JESUS não foi uma fatalidade, mas uma entrega ou doação voluntária de si mesmo a favor da humanidade (Jo 10.18; At 2.23). "Meu Pai, senão é possível passar de mim este cálice, sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (Mt 26.42)
Em resposta a esta oração. diz o evangelista Lucas: "Então lhe apareceu um anjo do céu e o confortava (Lc 22.43). O cálice, entretanto, não passou de JESUS sem que Ele o bebesse. Ele significava nosso do Calvário. Se JESUS não o nós sofreríamos para sempre impossível a nossa salvação o sacrifício expiatório de CRISTO.
II- PERGUNTAS E REVELAÇÕES DO JULGAMENTO DE PILATOS:Durante o julgamento de CRISTO perante Pilatos, estabeleceu-se entre o governador romano e os judeus um diálogo profundamente significativo.
As perguntas e respostas apontavam para os propósitos de DEUS, como revelação do seu plano salvador.
1. Que mal fez Ele? (Mt 27.23). Sem caráter de pergunta, significaria afirmar que JESUS não praticou mal algum. Isto nos ensina duas grandes verdades que permeiam a doutrina da salvação:
a. A impecabilidade de JESUS . Impecabilidade é a característica encontrada exclusivamente no Senhor JESUS . A todos os demais homens, que vieram ao mundo, desde Adão até os nossos dias, aplicam-se estas palavras: "Não há justo, nem sequer um... todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem" (Rm 3.10-12). "Todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS" (Rm 3.23). A lei preceituava: " A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18.20). Assim DEUS não usaria nenhum outro homem como propiciação pelos nossos pecados. Só JESUS, o cordeiro imaculado, podia nos substituir, ao sofrer e morrer por nós. E Ele, o justo, tomou o lugar do injusto, do pecador, para que fôssemos feitos justos, aleluia! Em referência a JESUS, está escrito: "Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula" (Hb 7.26); "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" (1 Pe 2.21,22).
b. Se JESUS houvesse praticado o mal, não poderia realizar a obra propiciatória em nosso favor. Se CRISTO tivesse sido submetido a julgamento pelas autoridades, por algum crime ou pecado que tivesse cometido, teríamos de admitir que Ele morreu pelos seus pecados. Mas, ao contrário, Pilatos disse que JESUS era justo (Mt 27 .24) e declarou: Não vejo neste homem crime algum (Lc 23.4). Dele está escrito: CRISTO morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a DEUS" (1 Pe3.18), pois "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Co 5.21).
2. Qual dos dois quereis que vos solte? A resposta foi: "Solta-nos Barrabás e crucifica a JESUS". Os judeus erraram, escolhendo a Barrabás, mas foi satisfeito o desígnio de DEUS de entregar o seu Filho santo, inocente à morte, e que um malfeitor fosse liberto. Se Barrabás tivesse sido crucificado, nenhum benefício nos sobreviria da sua morte. Seria apenas um malfeitor a mais morrendo pelos seus crimes. Ao contrário, em JESUS se cumpriu a predição divinamente inspirada: "Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Is 53.5).
3. Que farei, então, de JESUS chamado o CRISTO? Responderam: "Seja crucificado".Esta pergunta teria sido respondida corretamente de duas maneiras:
a. Seja crucificado por nós. O apóstolo João diz que Caifás foi constrangido a confessar: "Convém que morra um só homem pelo povo,e que não venha a perecer toda a nação" (11.50). Foi isto que DEUS ensinou a Abraão, quando proveu o cordeiro para morrer em lugar de Isaque (Gn 22.7-14). b. Se a resposta tivesse vindo através de Pedro e João, ou outra pessoa que conhecesse o plano salvador de DEUS por JESUS CRISTO, certamente teria sido: "Aceita-o como teu salvador pessoal, como o único que pode perdoar os teus pecados. Aceita-o como enviado de DEUS para a salvação da tua alma e tua felicidade eterna" (Mt 16.13-16).
III- DESFECHO DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO
As dores, decorrentes da agonia que levou JESUS CRISTO a suar sangue, continuaram através das atrocidades infligidas ao nosso Salvador no período da prisão à morte na cruz, e foram:
1. O sofrimento físico. Para nos salvar,o Verbo de DEUS encarnou-se em um corpo humano semelhante ao nosso, sujeito a sofrimentos e dores. Em Jerusalém, diante de Caifás, JESUS foi julgado e submetido a severos castigos. Sua cabeça foi coroada de espinhos e duramente espancada com uma cana. Todo este sofrimento culminou com a sua morte na cruz. Na posição em que ficava a pessoa crucificada, não havia como aliviar-lhe o sofrimento, pois em qualquer tentativa de mudança de posição, mais aumentavam as dores do crucificado. Porém, tudo isto estava predito a respeito de JESUS (Lm 1.12).
2. O sofrimento moral e psicológico.O Filho de DEUS, a respeito de quem os anjos receberam ordem de adorar, era objeto de escárnio, de zombaria, por parte dos soldados romanos que o haviam prendido e agora o espancavam, ao invés de prestar-lhe adoração. Lucas escreve: "Os que detinham JESUS , zombavam dele, davam-lhe pancadas e, vendando-lhe os olhos, diziam: Profetiza-nos quem é o que te bateu" (Lc 22.63,64). Veja Salmo 22.7; Isaías 53). A reação do nosso Senhor, diante de tais sofrimentos, revela a sua inteira obediência à vontade do Pai. Ele realizava a obra salvífica que o Pai lhe confiara. Deste modo, mesmo injuriado, o escarnecido suplica: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Assim, o Senhor cumpria o papel de mediador, intercedendo pelos pecadores, conforme havia predito Isaías (53.12).
3. O sofrimento espiritual. JESUS não foi um mártir, mas a vítima propiciatória preparada por DEUS, para substituir-nos, na condenação que mereciam os nossos pecados. Os seus sofrimentos chegaram ao auge, no momento em que na cruz tomou sobre si os nossos pecados e foi desamparado pelo Pai. Ele clamou: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" (Mt 27.46). Este foi o seu maior sofrimento: ser desamparado e exposto a toda a severidade da lei de DEUS, ultrajada pelos milhares de pecadores de todas as gerações. Assim, o autor da nossa redenção sofreu a dor física, moral e espiritual, desamparado pelo Pai, ao tomar sobre si os nossos pecados,para reconciliar-nos com DEUS (2 Co 5.19).
IV. A FINALIDADE DO SOFRIMENTO E DA MORTE DE JESUS O sofrimento de quem colhe os frutos de um viver alheio aos propósitos de DEUS não tem formalidade animadora e nem gratificante. JESUS sofreu, ao executar o plano divino que previa resultados eternos. Consideremos a sua finalidade:
1. JESUS sofreu e morreu por nós, "para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (Hb 9.26). Ele é o "Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29).
2. "Para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como escravos" (Rm6.6). O sofrimento de JESUS teve por função libertar-nos da escravidão do pecado (Jo 8.32-36).
3."Para que nos consideremos mortos para o pecado e vivos para DEUS" (Rm 6.11). Os que vivem no pecado, mesmo vivos estão mortos (1 Tm 5.6).
4. Para que o pecado não reine mais em nosso corpo mortal, dominando-nos através das paixões (Rm 6.12).
5. JESUS tomou os nossos pecados em seu corpo, para que o nosso corpo não seja instrumento de iniquidade, mas de justiça (Rm 6.13,19).
6. Para que a vida de JESUS se manifeste em nosso corpo, proporcionando-nos a felicidade nesta vida. O apóstolo Pedro declara que CRISTO foi enviado para nos abençoar, no sentido de que cada um se aparte de suas perversidades (At 3.26). Se cremos que CRISTO sofreu por nós, forçoso nos é admitir que Ele padeceu por estas sublimes finalidades, que são a expressão máxima do
seu amor e a segurança da nossa eterna salvação.
(Revista CPAD 2►1º trimestre de 1994 - Estevam Ângelo de Souza.) Reportagem da Revista Isto É - Fevereiro de 2008 A paixão de CRISTO, a partir de um ponto de vista médico.
Subsídio Teológico - "O Sacrifício Expiatório O sacrifício expiatório do Messias foi ensinado nas profecias e símbolos do Antigo Testamento, e JESUS compreendia perfeitamente as Escrituras judaicas. Todo o sistema sacrificial mosaico e o sacerdócio que o mantinha eram símbolos e sombras das Boas Novas vindouras. JESUS tinha conhecimento de que os demais judeus sabiam que o núcleo desse sistema era Levítico 17.11: 'Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida'. Ao 'anunciar o seu nascimento', JESUS declarou que a sua encarnação lhe deu um corpo que Ele ofereceria como sacrifício pelos pecados do mundo. Portanto, quando veio ao mundo, Ele disse: 'Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó DEUS, a tua vontade' (Hb 10.5-7). JESUS se entregaria como oferta queimada, em submissão total a DEUS, assim como oferta pelo pecado para pagar o preço das nossas ofensas contra DEUS." (WIERSBE, W. W. O que as palavras da cruz significam para nós. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.12-3.) BIBLIOGRAFIA SUGERIDA LUCADO, M. Graça para o momento. RJ: CPAD, 2004. WIERSBE, W. W. O que as palavras da cruz significam para nós. RJ: CPAD, 2001. APLICAÇÃO PESSOAL "Você é Especial (Rm 8.39) Desejamos saber até onde o amor de DEUS resistirá... Não apenas no domingo de Santa Ceia, quando estamos com os sapatos brilhando e os cabelos arrumados... Não quando estou animado e confiante, e pronto para resolver o problema da fome no mundo. Não. Sei como Ele se sente a meu respeito nestes momentos. Até eu gosto de mim nestas horas. Quero saber o que Ele sente por mim quando disparo contra qualquer coisa que se move, quando os meus pensamentos estão ao nível da sarjeta, quando minha língua está afiada o suficiente para fatiar uma rocha. Como Ele se sente a meu respeito então?... Pode alguma coisa separar-nos do amor que CRISTO tem por nós? DEUS respondeu nossa pergunta antes que a formulássemos. Para que enxergássemos a sua resposta, Ele iluminou o céu com uma estrela. Para que a ouvíssemos, Ele encheu a noite com um coral; e para que crêssemos nela, Ele fez que o homem algum jamais sonhara. Ele se fez carne e habitou entre nós, morreu e ressuscitou ao terceiro dia." (LUCADO, M. Graça para o momento. RJ: CPAD, 2004, p.27.). Comentários extras de alguns autores com algumas modificações do Ev Luiz Henrique - Lição 12 - A Morte de JESUS - 2º Trimestre de 2015 A morte de JESUS (23:44-49). O relato de Lucas da morte de JESUS ressalta que foi pacifica, mas, qual foi seu efeito naqueles a observavam? 44,45. A hora sexta era meio-dia. O dia era dividido em doze partes, a partir do raiar do sol. Uma hora tinha uma duração diferente em estações diferentes do ano, mas a sexta hora sempre era meio-dia. No relato de João, “era cerca da hora sexta” quando Pilatos se preparou a sentenciar JESUS (Jo 19:14). Marcos diz que “era a hora terceira” (Mc 15:25). Devemos ter em mente que os antigos não eram tidos como precisos na sua medição do tempo quanto nós somos agora. Antes da existência de relógios de parede e de pulseira, como poderiam sê-lo? Todos os horários do dia nos documentos antigos tendem a ser aproximados. João, portanto, quer dizer que era na parte final da manhã que Pilatos pronunciou a sentença, e Lucas, que JESUS estava na cruz cerca do meio-dia. Marcos talvez queira dizer que a crucificação ocorreu um pouco mais cedo, ou talvez queira dizer que a manhã estava avançada quando este evento ocorreu. Obviamente, os Evangelistas não estão meramente repetindo uns aos outros, mas não há nenhuma contradição essencial. Lucas continua, dizendo-nos que durante três horas houve trevas sobre toda a terra. Não nos diz o que a causou, e os tradutores e comentaristas que falam de um eclipse do sol que seria impossível na lua cheia (a qual, naturalmente, determinava o tempo da Páscoa - Obs Ev. Henrique - só um milagre mesmo o poderia realizar). O véu do santuário se rasgou. Esta era a cortina que separava o SANTO dos Santos do restante do Templo. Simbolizava o aspecto separado e remoto de DEUS. O rasgar do véu a esta altura dá expressão à verdade de que a morte de JESUS abriu o caminho para todos nós à própria presença de DEUS (cf. Hb 9:3, 8; 10:19ss) - (Com modificação do Ev. Henrique). 46. As últimas palavras de JESUS são uma bela expressão de confiança em DEUS. JESUS Se recomenda ao Pai nas palavras do Salmo Sl 31:5. Mateus e Marcos enfatizam a natureza terrível da morte que JESUS sofreu pelos pecadores com as palavras, “DEUS meu, DEUS meu, porque me desamparaste?” (Mt 27:46; Mc 15:34). Lucas não está negando este aspecto, mas o que ressalta é que naquela morte, paradoxalmente, JESUS estava em comunhão com o Pai. Cumprira a vontade do Pai. A palavra traduzida expirou, exepneusen, não é a palavra normal para dizer que alguém morreu. Na realidade, nenhum dos Evangelistas diz: “JESUS morreu,” que talvez seja parte da maneira deles de ressaltarem a verdade de que na morte de JESUS havia algo totalmente fora do comum. 47. Lucas passa para a reação dalguns daqueles que viram JESUS morrer. O centurião, que decerto era o encarregado da execução, deu glória a DEUS. Parece querer dizer que seu tributo a JESUS era um ato inconsciente de louvor. JESUS era justo, o que quer dizer que era aceitável a DEUS. A implicação é que a morte dos justos deve estar de acordo com a vontade de DEUS. Ao reconhecer a justiça o centurião estava, assim, louvando a DEUS. Mateus e Marcos tem “Filho de DEUS,” mas o sentido em que um romano teria usado o termo é expressado melhor nas palavras registradas por Lucas. 48. As multidões devem ser os jerusalemitas que não tinham muito interesse em JESUS mas que vieram olhar a execução. Ao invés de receberem divertimento, ficaram entristecidas por tudo isto e foram para casa batendo nos peitos na sua aflição. Muitos viram nesta reação uma preparação para a pregação bem-sucedida no dia de Pentecoste, quando cerca de três mil acreditaram na mensagem pregada por Pedro, nessa cidade (At 2:41). Por que tantos? Parte da resposta decerto é que muitos foram para casa, após a crucificação perturbados e pensativos. 49. É curioso que Lucas não menciona o efeito sobre os seguidores de JESUS. Diz-nos que alguns deles estavam ali, e, caracteristicamente, destaca certas mulheres para a menção especial. Mas conta-nos apenas que estas pessoas permaneceram a contemplar de longe estas coisas (talvez não tivesse sido aconselhável chegar perto demais). Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br A Crucificação de JESUS Introdução Enquanto JESUS caminhava em direção à colina do Calvário, seguiam-no muitas mulheres, lamentando por Ele. A primeira vista, CRISTO parecia vítima indefesa de circunstâncias esmagadoras. Mas o olhar da fé o vê como Vencedor mesmo em meio às agonias mais cruciantes. A luz deste fato, estudemos a história da crucificação, vendo nela a revelação da vitória. I. Vitorioso no Amor JESUS ensinara a seus discípulos: “Amai a vossos inimigos... e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.44). Provou que praticava seus próprios ensinamentos, quando, na cruz, orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Notemos: 1. A invocação. Não era raro falarem os condenados, estando pendurados na cruz. Suas palavras consistiam em gritos de dor, pedidos de clemência e maldições contra DEUS e os que os crucificaram. A primeira reação de JESUS foi orar, e a primeira palavra, “Pai”, era uma condenação indireta aos seus juízes. Agiam em nome da religião e de DEUS; mas qual deles tinha devoção suficiente para orar pelos perseguidores, ou comunhão com DEUS em meio à agonia? A exclamação “Pai” comprova inabalada a confiança que JESUS depositara em DEUS, apesar de tanto sofrimento. A situação de JESUS atingira sua fase mais negra, e sua causa parecia perdida; mas Ele olha para cima e exclama: “Pai”. 2. A petição. “Perdoa-lhes”. Quando lemos como os sumo sacerdotes torceram a forma da Lei para incriminar o Senhor; como Herodes o desprezou; como Pilatos brincou tão levianamente com seus interesses; e como a multidão gritava contra Ele, o nosso coração arde, indignado. JESUS, porém, orou: “Pai, perdoa-lhes”. Tivesse JESUS proferido palavras de condenação a seus inimigos, quem o contestaria? Pois é da natureza divina a indignação contra o pecado. JESUS, porém, prefere revelar seu amor. 3. O argumento. “Porque não sabem o que fazem”. Estas palavras revelam mais profundamente o amor divino. Pessoas há que, ao sofrer injúrias, pensam o pior de seus perseguidores. JESUS, porém, no auge da dor procura desculpar seus inimigos. DEUS, que é perfeitamente justo, toma em consideração a ignorância do pecador (ver At 3.17; 1 Tm 1.13). Isto, porém, não isenta o homem da responsabilidade pelas suas ações. A oração de JESUS dava a entender que seus inimigos eram culpados e precisavam de perdão. De fato, foi por saber do perigo a que sua culpa os expunha que Ele, esquecendo-se do próprio sofrimento, intercedeu por eles. II. Vitorioso na Humilhação 1. A indiferença. “E o povo estava olhando”. Mateus fala dos soldados que “assentados ali, o guardavam”. Os que crucificaram a CRISTO e os que estavam ao redor da cruz, olhavam indiferentes para o Sofredor. Os soldados contemplaram durante horas a cena que comoveria o mundo, e nada mais viram que um judeu moribundo. Ainda hoje, pessoas há indiferentes à mensagem da cruz. 2. Os ladrões. “Ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda”. Talvez num último gesto de maldade, crucificaram a CRISTO entre dois ladrões, como a dizer: “Eis aqui o vosso Rei e dois de seus súditos!” No entanto, não lhe era estranha esta posição, porque, durante seu ministério terreno, estava sempre no meio dos pecadores, como seu Amigo e Redentor (Lc 15.1,2); era natural que ficasse no meio deles ao morrer, já que morria por eles! Foi contado com os transgressores a fim de serem os transgressores contados com os santos. 3. As vestes. “E, repartindo os seus vestidos, lançaram sortes”. Os guardas agiam como a cumprir um dever rotineiro - a natureza humana desce a este ponto. Ignoraram a JESUS, mas lançaram sortes pela suas vestes, dando mais valor a estas. Notemos quão profundamente desce JESUS ao vale da humilhação. Aquele que se despiu de sua glória por amor à humanidade é agora despido até das suas roupas terrenas. Este fato, porém, glorificava a DEUS porque era cumprimento de uma profecia messiânica (SI 22.1-18). 4. A zombaria. Além dos sofrimentos físicos, CRISTO experimentava a pressão psicológica das zombarias. Zombavam dEle: 4.1. O povo (v. 35; cf. Mt 27.39,40). Talvez houvesse entre tais pessoas algumas das que gritaram “Hosana!”, durante a entrada triunfal de JESUS em Jerusalém. 4.2. As autoridades. “E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o CRISTO, o escolhido de DEUS”. Sem perceber, acabaram falando uma verdade. Tivesse CRISTO evitado a cruz, não poderia oferecer salvação às pessoas. 4.3. Os soldados. JESUS era escarnecido pelos soldados (v. 36). Oferecendo-lhe o vinho azedo que bebiam, faziam piadas grosseiras às expensas do Sofredor. 4.4. Pilatos. Percebe-se sua zombaria na inscrição: Este é o Rei dos judeus”. Os judeus tinham razão em queixar-se de que se tratava mais de uma proclamação que de uma acusação (Jo 19.21,22). De acordo com a acusação, Pilatos deveria ter escrito: “Este homem alegou ser rei dos judeus”. Pilatos, ao que parece, queria vingar-se dos judeus que o haviam forçado a tomar uma decisão contra a sua vontade. Seja qual for o motivo, JESUS, mesmo na morte, acabou proclamado Rei pelo governo. Pilatos poderia ter dito: “O que escrevi, DEUS escreveu”. Segundo a lei romana, a acusação, uma vez colocada da cruz, não podia ser alterada. E não havia necessidade de alterá-la porque era verdadeira. A cruz foi realmente o trono de CRISTO. Ele tornou-se o Rei dos homens ao morrer por eles. III. Vitorioso na Graça Notemos três fatos com respeito ao ladrão arrependido: 1. O que pensava de si mesmo. Os companheiros de aflições geralmente simpatizam entre si, mas neste caso os ladrões crucificados, enlouquecidos pela dor, juntaram-se à zombaria dos sacerdotes e do povo (Mt 27.44). A dor excessiva pode levar as pessoas a fazer qualquer coisa para esquecer a agonia. Mais tarde, um deles recuou em seu comportamento. Seu próprio pecado o levou a perceber sua condição. Provavelmente arrependeu-se pelo que vira e ouvira de CRISTO, ali mesmo, na cruz. Ouvira-o orar pelos inimigos e as palavras dirigidas às mulheres de Jerusalém (Lc 23.27-31). A oração de CRISTO em favor dos inimigos deve tê-lo comovido profundamente, porquanto era coisa desconhecida naqueles dias. 2. O que pensava de CRISTO. “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”. O ladrão arrependido separara-se do pecado e de seu companheiro impenitente. Reconhecer a vítima cruenta como Senhor e Rei foi um ato maravilhoso de fé. Era brilhante a visão deste olhar que, na morte, conseguia enxergar a vida; na ruína, a majestade; na vergonha, a glória; na derrota, a vitória; na escravidão, a realeza. Talvez jamais tenha havido outro exemplo tão maravilhoso de fé. Isto era, para CRISTO, uma consolação, como aquela oferecida pelo anjo no jardim. No ponto em que Pedro fracassou, o ladrão da cruz teve iniciada a sua fé. Estranho berço para nascer uma fé. Este ladrão entendeu o verdadeiro sentido da cruz - a visão de um sofredor inocente que era Senhor e Rei, e que tinha poder para salvar os pecadores. 3. O que CRISTO pensava dele. Gloriosa foi a resposta de JESUS: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Falou-lhe o ladrão como a um rei, e orou a Ele como se ora a DEUS. Fosse JESUS apenas um homem, como muitos alegam, teria respondido: “Não ore para mim, porque sou como você, e vou para a mesma terra desconhecida”. Mas aceitou a homenagem, e falou do mundo invisível como um lugar dEle bem conhecido. O grande pecador fez descansar nEle o peso da sua alma, dos seus pecados, e CRISTO aceitou o fardo. A resposta de CRISTO confirmava-lhe o perdão, e prometia-lhe que, na morte, seria levado ao Paraíso, o estado em que as almas dos justos descansam em felicidade até à ressurreição. A Bíblia registra esta única conversão à hora da morte, a fim de que ninguém perca a esperança na misericórdia de DEUS; única, para evitar que as pessoas se tornem presunçosas quanto ao perdão divino. IV. Vitorioso em Poder 1. O sol encoberto (v. 44). Por três horas, trevas sobrenaturais cobriram a terra. A natureza lamenta o pecado dos pecados e expressa simpatia pelo Salvador moribundo. Podemos considerar o fenômeno o eclipse da Luz do mundo - por breve tempo encoberta pela escuridão do pecado. A escuridão encobria a agonia do Filho de DEUS dos olhares zombeteiros e cruéis. 2. O santuário descoberto (v. 45). A presença do véu à frente do SANTO dos Santos, representando a plenitude da presença de DEUS, era símbolo dos rituais que não permitem acesso direto a DEUS. Ao morrer o Senhor, o véu do templo foi rasgado de modo sobrenatural, o que nos ensina a seguinte verdade: mediante a morte de CRISTO, a Antiga Aliança, com seu sacerdócio e cerimônias, foi abolida, de maneira a permitir aos que creem acesso direto à presença de DEUS. Ver Hebreus 10.19-22; 4.14-16. V. Vitorioso na Morte 1. O clamor final. A crucificação normalmente matava a pessoa por esgotamento; mas o grito final do Senhor é sinal de vitalidade abundante. CRISTO despediu-se de seu espírito por um ato direto da sua vontade (Cf. Jo 10.18). 2. A oração final. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” Nos dias de JESUS, esta oração tirada do Salmo 31 era usada especialmente por crianças na hora de dormir. Muito apropriada, portanto, a alguém prestes a fechar os olhos para o sono da morte. As Escrituras, que eram o alimento de JESUS durante a vida, foram também o seu consolo na morte. VI. Vitorioso na Influência (Lc 23.47,48) 1. A fé do centurião. Como o ladrão arrependido, o oficial romano pôde vislumbrar a divina majestade do Sofredor. Era acostumado a execuções, porém jamais vira alguém morrer assim. 2. O remorso do povo. Muitos dos que vieram movidos pela curiosidade, “para este espetáculo”, voltavam “batendo no peito” - um sinal de arrependimento. Lamentavam as ações, às quais os sacerdotes os tinham levado. O agir e o falar do Mestre, na cruz, encheu-os de temor - um santo de DEUS fora assassinado naquele dia (cf. At 2.37). VII. Ensinamentos Práticos 1. “Para que sigais as suas pisadas” (1 Pe 2.19-23). Nestes versículos, Pedro prapara os cristãos a enfrentarem os sofrimentos injustos, apontando-lhes o exemplo do Mestre. Como JESUS agiu sob sofrimentos injustos? 1.1. Sem proclamar sua inocência. Diferente de muitos condenados, JESUS não gritava: “Sou inocente!” Vivera uma vida justa, e dada a resposta aos juízes, deixou o resto nas mãos de DEUS. Se aquele sem pecado refreou-se em protestar inocência, o que dizer de nós, que não estamos isentos de culpa? Afinal, seremos julgados, não por homens, mas por DEUS. Naturalmente desejamos dos homens justo julgamento, mas importa estarmos de bem com DEUS. “O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração”. 1.2. Sem reclamar da injustiça. JESUS não condenou seus perseguidores nem os chamou injustos; orou por eles. Ele, a quem foi entregue todo o julgamento, não julgou seus algozes. Sabia que enquanto há vida, há esperança, e que sua morte poderia levá-los ao arrependimento. Ao deixarmos de julgar os que nos tratam injustamente, podemos levá-los a envergonhar-se até ao arrependimento. 2. A lei do perdão. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. JESUS podia orar assim porque, sendo divino, conhecia os corações dos homens, e podia adiantar a desculpa: “Não sabem o que fazem”. Embora não conheçamos os corações dos homens, podemos perdoá-los por três razões: 2.1. Porque DEUS nos perdoou. Nenhum mal cometido contra nós pode comparar-se ao mal que cometemos contra DEUS mediante nossos pecados. Ver Mateus 18.21-35. Na parábola do credor incompassivo, a dívida que o servo tinha para com o rei era 1.250.000 vezes maior que a do conservo para com aquele. A lembrança de nossa dívida para com DEUS nos fará tratar os outros com ternura. O homem que esquece os próprios pecados, ou não sente necessidade de perdão, provavelmente tratará com dureza os que o ofendem. É mais severo juiz aquele que não examina a própria consciência (ver Tt 3.2,3). 2.2. Só o perdão pode banir o ódio. Se não perdoamos, o ódio reproduz-se com espantosa velocidade. O ódio multiplica-se ao odiarmos aos que nos odeiam. Se, por outro lado, perdoamos, pelo menos o ódio não é aumentado, e pode ser vencido (At 7.60; cf. Rm 12.19,20). 2.3. O ato de perdoar aos outros faz com que aceitemos o perdão para nós mesmos (Mt 18.35; 5.7; Tg 2.13). Uma garrafa cheia de vinagre, não pode conter, ao mesmo tempo, suco de laranja; o coração cheio de ódio, como poderá encher-se do amor de DEUS? 3. A cruz e o sofrimento humano. Os ladrões crucificados com JESUS ilustram duas maneiras de se encarar o sofrimento. O primeiro, via o sofrimento como praga sem propósito; o outro, transformou-o em bênção. O primeiro ladrão morreu amaldiçoando. Não via na cruz propósito algum. E por quê? Porque não soube vincular seu sofrimento ao Homem da cruz do meio. A atitude do Senhor em perdoar seus algozes nada significava para ele. Amargurado, amaldiçoou o próprio Senhor que poderia ter- lhe levado a alma ao Paraíso. O sofrimento não possui em si mesmo poder santificador, não nos torna melhores. Pelo contrário, pode tornar-nos piores. Só por meio da cruz transforma-se em graça. O segundo ladrão, no início, não via significado em seu sofrimento. Mas, assim como o relâmpago ilumina a vereda cuja entrada não era visível, as palavras e atitudes do Salvador mostram o caminho da misericórdia. Percebeu que JESUS era o Rei celestial, e que seus sofrimentos eram caminho para o seu trono. Compreendeu, então, terem sido seus próprios sofrimentos a oportunidade de entrar no Reino (Lc 23.40,41). Mais tarde, encontrou-se com seu Redentor nas brilhantes paragens do Paraíso. Certamente não cessava de dar graças ao Senhor pela terrível morte que o levou ao arrependimento. Os sofrimentos pacientemente suportados por amor a JESUS refinam-nos o caráter, e nos aproximam da eternidade. 4. Duas petições. Os pedidos dos ladrões são uma lição acerca de orações respondidas e não respondidas. O primeiro pede para ser levado para baixo; o segundo, deseja ser levado para cima. A primeira petição foi negada; a segunda, concedida. Por quê? O primeiro foi um pedido egoísta, visando benefícios materiais, feito em espírito de rebeldia. O segundo pedido foi sincero: o desejo de uma benção espiritual expresso num espírito de submissão. O primeiro pediu o alívio à dor; o segundo, o perdão dos pecados. Sejam as petições feitas com sinceridade e submissão a DEUS, visando a sua glória. Não podemos esperar que DEUS nos dê algo que nos fará distanciar dEle. 5. Conservando livre o nosso espírito. JESUS ensinou os discípulos a não temerem os que matam o corpo. No calvário, mostrou-se à altura de seus ensinamentos quando orou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Seu corpo estava em poder dos inimigos, e, por um tempo, sua reputação. Mas seu espírito estava livre. Podiam machucar-lhe o corpo, mas não o caráter. É possível aos homens martelar o ferro e derreter gelo, porque são coisas materiais. Mas não podem crucificar a fé, quebrar o amor ou queimar a esperança; são coisas espirituais. Enquanto disposto o homem a conservá-las, ninguém as poderá tirar, não importando o que façam ao corpo. O Senhor pagou o preço da crucificação para conservar livre a alma. O tempo dos sacrifícios pode servir para conservar livre a nossa alma. JESUS, oprimido pela injustiça, e sofrendo as terríveis agonias do Calvário, conservou o seu espírito livre do ódio, da autocomiseração e das queixas. Difícil lição é conservar livre o espírito em meio à injustiça, mas bem-aventurado o homem que a aprende. 6. O homem na árvore. Os evolucionistas cultivam a imagem do homem-macaco, na árvore; mas o mundo precisa da visão do homem-DEUS no madeiro. Há duas teorias acerca da natureza, origem e dignidade do homem; uma é a de que a vida é um empurrão vindo de baixo; a outra, de que é uma dádiva vinda de cima. No primeiro caso, o homem deve agir como animal por ser descendente de animais; no segundo caso, deve agir como DEUS porque foi feito à sua imagem e semelhança. A fonte da nossa dignidade não deve ser procurada numa árvore, mas no madeiro. O homem na árvore é o animal pendurado pela cauda na alegria egoísta de sua bestialidade. O homem no madeiro é CRISTO JESUS na beleza extática da sua humanidade redentora. O homem na árvore é o homem-animal. O Homem no madeiro é o homem-DEUS. O homem na árvore espera uma descendência de filhos de animais; o Homem no madeiro, uma descendência de filhos de DEUS. O homem na árvore olha para trás, para a terra de onde veio; o Homem no madeiro olha para cima, para o Céu de onde desceu. 7. Lições do Calvário para o leito de morte (v. 46). Consideremos algumas verdades a respeito deste versículo. As últimas palavras do Salvador foram uma oração. A oração é algo apropriado a todos os tempos e épocas, mais ainda no leito de morte. A oração de JESUS foi uma citação das Escrituras (SI 31.5). Se for natural a oração nos lábios dos que morrem, o mesmo se pode dizer com respeito às Escrituras. O latim é a língua do direito e da erudição; o francês, a da diplomacia; o alemão, a da filosofia; e o inglês, a do comércio. A língua dos relacionamentos sagrados é a da Bíblia. JESUS orou com respeito ao seu espírito. Muitas pessoas no leito de morte preocupam-se com o corpo - sua dor, o que dele será feito depois da morte. Não freqüentemente, ocupam a mente com negócios terrenos. O exemplo de JESUS mostra que não é errado dar atenção a essas coisas na ocasião da morte, porque Ele mesmo disse: “Tenho sede”. Mas sua preocupação suprema era com o espírito - a parte mais nobre e sagrada do homem.
Lucas - Pearlman, Myer - Lucas, ó Evangelho do Homem Perfeito - Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, Caixa Postal 331, 20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil Ia Edição/1995
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